Papo com Felipe Nunes

Meu Amigo Pássaro deverá ser o nome do próximo trabalho do quadrinista Felipe Nunes. No final de 2014 Nunes lançou o aclamado Klaus, presente em várias listas de melhores HQs do ano passado. A próxima obra do autor tem previsão de lançamento em outubro, às vésperas do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte e da Comic Con Experience em São Paulo. Tive uma longa conversa por email com Nunes e ele adiantou que a trama mostra uma menina que acha um dodô em seu quintal, a arte aqui em cima é uma prévia dos protagonistas da história. A curta carreira do autor permite que seus leitores criem bastante expectativa em relação ao álbum. Ele concorreu ao Troféu HQMIX em 2011 na categoria de Melhor Publicação Independente pelo gibi SOS, disponível para leitura no Mais Gibis, depois vieram os dois primeiros volumes da série Orome – que também deverá estar online na íntegra em breve. Aluno de Design Gráfico e funcionário do estúdio dos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, Nunes também publicou na revista Loki, editada por Pedro Cobiaco em 2013.

No nosso papo, Nunes falou sobre vários assuntos. Ele adiantou um pouco sobre as inspirações do seu próximo gibi e a dinâmica de produção desse trabalho, comentou algumas de suas influências recentes, falou sobre a prolífica geração de jovens quadrinistas da qual ele faz parte e revelou qual seria uma possível trilha sonora para Klaus. Saca só:

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Você ainda não adiantou nada sobre o conteúdo do seu próximo quadrinho, mas há alguns posts no seu site sobre como tá indo a produção. Como está sendo esse processo? Você já tinha uma história? Estipulou alguma data de lançamento? Já tem editora ou sai por conta própria?

Então, já tinha sim uma ideia de ideia de história. No fim do ano passado, depois dos eventos, estava super envolvido na produção de um projeto pra ser o meu próximo do ano (e o maior da minha vida). Mas ele é tão mirabolante que engavetei pra, se um dia, tendo maturidade, quiser encarar. Cheguei a dar entrevistas durante toda a CCXP falando dele, sobre dois cães empresários donos de uma empresa de entregas. Ainda gosto muito de tudo que escrevi ali e pode rolar um dia. Mas tinha uma outra sobre uma menina que acha um dinossauro no quintal. Mas era só isso: “Uau, imagina que legal uma história de uma menina que acha um dinossauro no quintal?”. Isso foi evoluindo e fui tentando achar meios de fazer, fui transformando a idéia de um livro infantil pra um quadrinho muito mais denso do que imaginava (mas sem dinossauro, e sim com um pássaro, um dodô). Passei a metade do desenho no lápis. Mas estou indo rápido, porque me estipulei um prazo (preciso acabar o desenho até agosto). Chama Meu Amigo Pássaro, por enquanto. Ainda não sei como será, existe uma conversa mas não fechamos nada. Deixa eu terminar pra ver como vai andar isso tudo.

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Lá no seu site você disse que não sabe se possui um método de trabalho. Mas a forma como você está trabalhando no seu próximo livro tem sido muito diferente do que você fez na SOS, na Orome e no Klaus?

O método de trabalho que dizia era das etapas de se fazer o quadrinho. Vou tentar ser claro sobre a produção dos meus três gibis anteriores pra ver se consigo ambientar esse monte de ideia: No SOS, eu tinha uma vontade de fazer quadrinhos. Tinha feito coisas curtas, histórias de poucas páginas. Fui visitar meu avô pós-operado no InCor e fiquei imaginando uma luta louca de enfermeiros e um paciente. Imaginava como um curta, as sequências de câmera no corredor, os closes. Fiz um quadrinho de 38 páginas. Não lembro direito como escrevi mas foi nesse esquema teatral de ação-ação-ação (já que não tinha falas, por influência dos trabalhos do Gustavo Duarte, que virou meu amigo na época e que acabou me guiando). Depois disso, decupei pra quadros e depois pra páginas.

O Orome era bem mais descompromissado. Ia tendo a ideia a cada página que fazia. Sabia mais ou menos o que rolaria na história (um caçador de recompensas faz uma missão, acontece uma reviravolta e tudo acaba bem, com um gancho pro próximo). E fazia no A4, pra ser mais rápido. Isso aconteceu nos dois Oromes, em 2012 e 2013. O Orome era isso, uma história que fiz rápido das duas vezes, pra ter nos eventos. Pra ser uma aventura nos mesmos moldes. Não tive vontade de continuar depois do segundo volume. Quando desenhei, aliás, já estava acabando de escrever o Klaus.

O Klaus, que foi meu maior e mais notável trabalho, foi influenciado pela minha carga acumulada do ano anterior, mas demorou pra ser escrito. Apresentei o projeto pra Balão e quando quiseram fazer, comecei a escrever. De março a maio, junho. Escrevi no formato teatral, Ação-Fala-Ação. Levou tempo porque precisava entender os personagens, a ambientação, etc. Dessa etapa fui pra decupagem de páginas e pro desenho final, em A3 de novo.

Agora, no Meu Amigo Pássaro, estava com um problema sério na hora de escrever, porque as referências visuais vinham muito fortes quando comecei a tentar redigir o roteiro. Isso não aconteceu das outras vezes, eu acho, porque não tinha um desenho ou uma bagagem visual tão formada. Aí decidi tentar fazê-lo direto no thumbnail – e descobri que dois caras que amo, Craig Thompson/Jeff Smith, fazem desse jeito. É mais fácil de sintetizar as idéias e de organizar tudo. Acho que vai dar tudo certo (tem dado, e tenho adorado a história).

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Em que gênero você define o Klaus? Pra mim, ele dialoga bastante com o conceito de romances de formação. Você teve alguma influência do tipo quando produzia?

Cara, talvez seja isso mesmo. Outro dia pensando achei que com essa nova acabei fazendo duas histórias meio semelhantes na temática e na abordagem. Quadrinhos familiares com elementos fantásticos. Ou “Quadrinho de Bichinho”, segundo o Cobiaco. Mas por maior que seja meu interesse, nunca tive um super contato com romances de formação. O projeto que eu havia pensado antes era de adolescentes rebeldes e pra isso consumi MUITOS filmes sobre personagens adolescentes. Isso foi no ano anterior à ideia do Klaus. Talvez essa tenha sido uma influência grande, apesar de distante. Filmes como o Kids, do Larry Clark, o alemão Die Welle, ou um Laranja Mecânica, filme que cultivei uma obsessão por um tempo como todo adolescente. O Klaus não foi concebido com todo o fundamento que vejo hoje, ele tinha uma pretensão menor, que era de contar a história e passar a mensagem, mas hoje vejo um cuidado que tive, quase que inconscientemente, que envolve muitos temas desse tipo.

Li no Facebook você comentando sobre Retalhos. Que você se identifica bastante com a história. Por que isso? O Pedro Cobiaco me falou que o Craig Thompson é uma influência bem forte pra ele. Pra você também?

O Craig Thompson foi um autor que mexeu muito comigo no ano que o descobri, com o Retalhos. Eu havia parado de frequentar a igreja (tenho uma família muito religiosa e minha mãe sempre foi muito ativa desde que eu era muito pequeno). Essa coincidência de temas na vida do Craig acabou refletindo muito positivamente pra mim. Por muito tempo se enquadrou como uma de minhas histórias favoritas e até dei minha cópia de presente pra minha namorada quando começamos a namorar. Eu adoro a sensibilidade dele e entendo quem não gosta. Tem história que não é pra todo mundo, e história que muda com o momento que a gente vive. E o desenho do Craig é outra coisa que sempre fui apaixonado, ainda mais depois do Habibi: a delicadeza com que ele compõe as coisas é assustadora. E nem tinha tanta influência, e nem tenho hoje, eu acho. Existe muito mais uma admiração do que uma vontade louca de ser ele.

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E também li você falando do Asterios Polyp. São aspas suas que tirei do Facebook: “Não sei se existe um quadrinho melhor que o Asterios Polyp”. Você acha mesmo isso? O trabalho do David Mazzucchelli te influencia/inspira de alguma forma? Como?

O Asterios foi desses de ler no momento certo. Ele saiu em 2011, o ano que fiz meu quadrinho, e lembro de vê-lo no FIQ, de ouvir as pessoas maravilhadas, de ver gente devota, mas eu nunca tinha a oportunidade de comprar. Com o preço dele comprava três ou quatro coisas. Mal sabia eu que era um livro que valia mais que todos juntos. Ele veio de presente da Cia das Letras quando fizemos um bate-papo em 2013 e tive quase uma iluminação divina com ele: aquilo era a maior coisa que já tinha lido. Maior no sentido de amplitude, porque eu ainda não entendia muito bem as possibilidades de uma história e já tinha lido grandes quadrinhos (como o próprio Retalhos ou o Daytripper) mas nenhuma ultrapassava o método de se fazer e contar uma história desse jeito. Preciso conseguir reler, mas é, pra mim, um negócio com tantas camadas e tantas vias que fica difícil de contextualizar hahahah Anda no topo da lista.

Você faz faculdade de Design Gráfico e também trabalha com quadrinhos. Como uma coisa contribui pra outra? Há muita discussão sobre produção de HQs na sua faculdade?

A faculdade é produtiva em partes. Agora, no terceiro semestre, não vejo uma super transformação com a faculdade. Talvez por ainda não ter dividido em gráfico/produto, ainda temos matérias de base, muito teóricas, mas eu acho importante. Tem coisas que são voltadas pro design de produto que tem me ajudado bastante nos quadrinhos, como perspectiva, por exemplo. Tenho aprendido outras plataformas e fico pensando em jeitos de misturar isso com os quadrinhos, mas é difícil. Não acho que vou aprender um milhão de coisas, mas a coisa que mais me acrescentou até agora foram os professores. Como em todo lugar, alguns ganharam meu coração e outros meu eterno ódio (o que é saudável – ou não). Quanto ao diálogo, existem conversas ‘nerds’ sobre quadrinhos, mas só de leitores. Deve ter uma pessoa além de mim que tenta fazer algo, mas ninguém leva tão a sério. Tem muita gente que quer fazer design de produto e muita gente que só quer ser designer gráfico. Não vejo muita ambição em todo mundo como sinto comigo, que quero dominar o mercado editorial e virar o novo Neil Gaiman.

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E há uma conversa sobre outras pessoas da sua idade produzindo quadrinhos. Quem você acha que faz parte desse grupo? E além da idade, você vê algum outro padrão na produção de vocês?

Ah, o sub-20. Esse nome hoje em dia pode ser a coisa mais apropriada. Então, não sei: a gente começou muito cedo. MUITO cedo. Ninguém é são o suficiente pra começar a querer ganhar grana com 14 anos, ainda por cima desenhando. Um bando de moleque irresponsável querendo fazer quadrinhos. Mas naqueles anos, 2010/2011, tinha bastante gente nessa Montanaro’s Wave. Como se sabe, eu e o Pedro tivemos uma certa influência da iniciativa do João e queríamos conseguir ‘dar certo’ como ele. Eu, pelo menos, coloquei como um desafio: se ele conseguia, eu também conseguia. Apesar de muito tempo encostado, sem base nenhuma, corri atrás e consegui fazer algo legal. Hoje em dia muita gente desanimou, mas era óbvio que isso aconteceria. Com todo mundo fazendo 18 anos, mudando de vontades na adolescência e tendo que escolher uma faculdade pra cursar, era mais do que normal que só sobrasse quem tinha mais iniciativa do que os outros. Daquela turma, sobrou quem fez a Loki. Muita gente da Loki, aliás, eu só conheci na época da Loki. Hoje, com todo mundo mais velho, ainda tem um pessoal, mas é o mesmo pessoal-moleque. Não ando vendo muita gente além do Gustavo Magalhães ou do Pedro Coelho, por exemplo, com menos de 16 anos tentando desenhar algo pra valer. Regulando comigo, hoje, tem o Pedro Cobiaco e o João Montanaro, que continuam sendo dois dos amigos mais queridos e talentosos que tenho nesse meio, a Julia Balthazar, o Gustavo Borges (que começou a menos tempo mas vem colocando a cara a tapa porque tem um talento e uma vontade que fazem falta)… Não sei dizer muita gente. Ainda adoro as coisas do Matheus Aguiar (amigo desde 2010 que fez Loki e Lusco-Fusco com a Julia), o Jopa (que editou o Trapezistas e a Loki e atualmente é ator de teatro na companhia dos pais – falta pouco pra Malhação – e que continua estudando muito sobre quadrinhos e a linguagem em si). Mas não existe um grupo, uma unidade. Existiu na Loki, por um tempinho, mas passou. Cada um foi pra um lado e a vibe da revista acabou em nossas vidas. Hoje em dia existe uma amizade e uma cumplicidade com uns e outros, mas nada como os meninos de DogTown. Agora, quanto ao padrão, não acho que exista MESMO. Cada um lida quadrinhos de um jeito, escreve de um jeito, temos traços bem diferentes… Pra mim é difícil avaliar porque todos nós ainda amadurecemos e mudamos muito a cada coisa que a gente faz, e como estou dentro, não tenho o mesmo olhar crítico. Mas não é nada parecido, não.

Já li você falando que o contato com o pessoal da Balão pra produção do Klaus rolou no FIQ de 2011. Ano passado você lançou o Klaus na Comic Con Experience. Repito uma pergunta que fiz pro Pedro Cobiaco: que importância você vê na nesses eventos que estão rolando no país?

Eu acho que, no fundo, o nosso mercado gira em torno desses eventos. Girava em torno do FIQ, e a CCXP apareceu pra salvar isso, graças a Deus. Vou tentar ser claro: Existe uma preguiça muito grande em uma grande parcela dos quadrinistas nacionais onde a única motivação pra fazer seu quadrinho é o FIQ de dois em dois anos, evento lotado e rentável pra todas as partes. Então é muito fácil – você faz um gibi de 30 páginas por dois anos, lança em Belo Horizonte, ganha uma puta grana, paga a impressão e vai vendendo um picadinho ao longo do tempo. Acho isso um puta crime, de verdade. Hoje até vejo mais gente motivada, mas a CCXP salva, porque nessa primeira experiência que tivemos, foi um sucesso absurdamente grande que teve o mesmo resultado do FIQ. Mas a CCXP é anual. Então o quadrinista agora tem um motivo todo ano pra fazer algo bom e levar pros eventos, porque é no mínimo desconfortável levar a mesma coisa em dois anos seguidos e no máximo uma fórmula de aparecer pro mundo e pagar tudo e conseguir um troco. Isso é o mérito financeiro, claro. Mas esses eventos, principalmente, servem pra estreitar a relação entre o autor e o leitor. Você aparece pro mundo depois desses eventos. Pessoas influentes, grandes autores, fãs loucos, todo mundo passa por esses eventos e a chance de darem de cara com seus quadrinhos é imensa. Então existe um reconhecimento a se conquistar quando se vai. E como disse o Pedro, eu só sou o que sou por causa deles. Eu não teria feito um contato com a editora, eu não teria vendido uma renca na CCXP e aberto um leque de público lindo. Agora, tem muita gente triste e decepcionado com eles depois de não conseguir uma vaga nos respectivos Artist’s Alleys. Por mais duro que seja, acho muito normal: existe um limite e ele precisa ser ocupado. Uma triagem faz essa seleção e preza algumas coisas. Eu mesmo fui recusado ano passado na CCXP, antes de sair o Klaus. E depois consegui dividir a mesa com o Rogê, quadrinista do sul. Esse ano consegui, mas existe aí no meio uma batalha por reconhecimento. Fiz um quadrinho que deu certo e mais olhos focam a atenção em mim. São pontos a meu favor na hora de escolherem ou não. Isso não pode descartar a ida, acho muito importante todos os quadrinistas irem, nem que seja pra presentearem e verem gente e autor com quem nunca teriam contato, que moram espalhados pelo Brasil todo. Nosso mercado é minúsculo e esses eventos são o ponto de convergência disso tudo.

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Outro dia passei um tempão mexendo no seu tumblr e vi muita ilustração relacionada a música. O que você gosta de escutar? Você costuma ouvir música quando está trabalhando? Se sim, o que você tem ouvido durante a produção dessa próxima HQ?

Cara, tenho uma relação muito forte com música. Ela não reflete no meu trabalho, mas é algo constante e onipresente na minha vida. Desde muito cedo fui muito estimulado, minha mãe dá aulas de teclado e canto e tive uma iniciação muito precoce. Isso acabou me formando e, depois de uma certa idade, descobri coisas certas. Descobri umas coisas que me abriram a cabeça. Mas ouço muito de muita coisa. Não tenho nenhum problema com gênero musical. No mesmo dia ouço Criolo e Pink Floyd. Mas tem uns dois anos que tô muito nessa vibe do psych australiano, capitaneado pelo Tame Impala e que tem outras bandas maravilhosas (como o Pond, o GUM e a Melody’s Echo Chamber). Foi incrível pra mim descobri-las, já mais formado musicalmente, porque sempre gostei de indie-rock, mas não tinha contato com nada tão bem composto ou arranjado. No mesmo ano comecei a ouvir muito Radiohead, outra banda que amo. Mas hoje tenho tentado ouvir de tudo um pouco. De Novos Baianos a Cindy Lauper. Mesmo assim, ando numa vibe muito 80’s. Então acabo ouvindo muita coisa sortida, seja dessa época ou de bandas atuais que tem essa sonoridade, enquanto desenho. No trabalho não (o Fábio e o Bá são ultra adeptos do silêncio), mas em casa eu costumo ouvir bastante. Tenho ouvido muito o Uptown Special, do Mark Ronson (produtor da Amy Winehouse), que fez uma espécie de coletânea produzindo faixas individualmente (e que tem a já famigerada do Bruno Mars, Uptown Funk). É um disco que podia ser uma mixtape do fim da década de 70, com músicas MUITO diferentes que casam nessa proposta (e nesse Kevin Parker, faz-tudo do Tame Impala, foi músico de estúdio). E a própria Tame Impala tem lançado músicas soltas pro próximo album, Currents. Essas também têm sido frequentes na minha audição diária. Dessa vibe vou caminhando muito pra esse som que eu achava brega e tosco e que hoje em dia gosto muito. Do Michael Jackson ao Police.

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E já que você gosta de música: se você tivesse de montar uma trilha sonora pra Klaus, o que teria nela?

Pô, sabe que pensei nisso outro dia? Não consigo pensar em muita coisa. Talvez fosse algo super instrumental, que caminhasse de plano de fundo dos filmes escolares do John Hughes até uns pianos secos e um batuque meio Ride Across the River, do Dire Straits. Não sei fugir do clichêzão ahahhaha

Você se vê fazendo quadrinhos pra sempre?

No presente momento, sim. Tenho muita vontade de ilustrar livro infantil, de fazer projeto editorial, marketing, ilustração editorial… mas cada dia mais a vontade e as possibilidades dos quadrinhos tem crescido em mim. Ficado maiores do que eu imagino. Tomara que dê tudo certo. Klaus vai sair em Portugal logo menos, o que é um ótimo caminho pro outro lado do oceano. Vamos ver como tudo isso procede. Quero continuar melhorando, sempre. Nem que isso me custe anos e anos de marasmo e solidão sentado na prancheta. O importante é que meu amor cresça sempre. Se diminuir, eu paro.

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Comentários

3 respostas para “Papo com Felipe Nunes”

  1. Avatar de Romeu Nunes
    Romeu Nunes

    Como o avô que do InCor inspirou a idéia da SOS, como acha que eu me sinto? Esse meu neto é uma Joia Rara!

    1. Avatar de Ramon Vitral

      valeu pela presença, seu Romeu! o trabalho do neto do senhor é realmente incrível!

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