X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

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Tomo muito cuidado em relação a spoilers por aqui, mas estou lotando o post de informações sobre X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido. Acertei algumas previsões que fiz sobre o filme desde o anúncio de sua produção e vou comentar algumas possíveis consequências dessas informações pro futuro da série. Tá avisado: post cheio de spoilers a partir daqui.

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Lendo ainda? Ok, vamos lá.

Insisti em duas ideias desde o meu primeiro post sobre X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. A primeira questionava se valia a pena misturar as duas cronologias da série. Os três primeiros filmes e os dois solos de Wolverine criaram um cenário caótico. Havia uma linha narrativa sendo construída na estreia dos mutantes em 2000 e na continuação de 2003, ambos dirigidos por Bryan Singer. Daí a Warner contratou o cineasta para filmar Superman – O Retorno e a Fox acelerou a produção de X-Men 3 sem ele. Em X-Men: O Confronto Final, a coisa desandou. Mataram o Ciclope e o Professor Xavier e o diretor Brett Ratner pesou a mão em vários conceitos que Bryan Singer administrava de forma muito mais sutil. Os dois filmes solos do Wolverine são ruins, simples assim, e não acrescentaram em nada à saga original.

Em 2011, X-Men: Primeira Classe colocou os personagens novamente nos eixos. É definitivamente um dos melhores longas de super-heróis já filmados e deixava pontas abertas para inúmeras aventuras, agora do zero. Então perguntei algumas vezes sobre o recém-lançado filme dos personagens: vale a pena queimar o cenário tão promissor presente no final de Primeira Classe em uma história que misturaria a cronologia dos filmes anteriores?

A segunda ideia eu repeti várias vezes: já que o filme estava sendo produzido, o ideal seria aproveitar a deixa para acertar os erros do passado. No dia 31 de outubro de 2012, quando o filme foi anunciado, disse que acreditava que Singer poderia estar criando uma forma de descartar a produção de Brett Ratner de sua cronologia mutante. Algo semelhante ao conceito do Jornada nas Estrelas do J.J. Abrams, que cria uma narrativa paralela à série original. A partir de uma viagem no tempo, vários acontecimentos de X-Men 3 – O Confronto Final seriam esquecidos e Singer poderia dar um fim apropriado à série.

Dias de um Futuro Esquecido começa com os mutantes quase extintos. Eles são caçados sem piedade por robôs gigantes conhecidos como Sentinelas e os poucos X-Men que restam criam uma forma de mandar Wolverine para o passado para evitar que a Mística cometa um crime e o programa de caça de mutantes não seja levado para frente. O filme é excelente. Como já foi dito, a cena com Mercúrio é ótima e é uma pena ele passar tão pouco tempo na tela. Os instantes de interação entre Magneto, Xavier e Wolverine também impressionam. Dessa vez, Logan precisa ser o maduro do trio.

No final, Singer consegue recolocar sua história nos eixos. Está todo mundo de volta, incluindo Jean Grey e Ciclope. Já no passado, há muitas possibilidades em aberto para continuações. Magneto volta a ser um vilão em fuga, Xavier retoma sua crença na interação pacífica entre Homo Sapiens e Homo Superior e o mundo toma consciência mais cedo da existência dos mutantes.

Então volto à primeira dúvida. Valeu a pena misturar as duas cronologias da série? Dias de um Futuro Esquecido é excelente, mas Primeira Classe dava indícios de construção de um universo muito mais interessante, não? Jamais saberemos. Não consigo ficar plenamente feliz com esse mais recente episódio exatamente por isso. Podemos ter perdido um Segunda Classe ainda melhor. Próximo filme da série, X-Men: Apocalypse está agendado pra 2016. O vilão do título foi criado na década de 80, mas fez fama durante os horríveis anos 90 da Marvel. Eu queria muito mais um Terceira Classe.

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